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Destaques

LANÇAMENTO: LIVRO "JOÃO CALVINO: QUEM DIZEM QUE SOU?"

J. A. Lucas Guimarães ┐ ♥ ┌ Sob empréstimo da pergunta de Jesus aos discípulos foi publicada a décima obra da Coleção Calvino21,  intitulada: JOÃO CALVINO: “QUEM DIZEM QUE SOU?”   Esboços de retratos calvinianos O rganizada pelo historiador e teólogo J. A. Lucas Guimarães, encontra-se a convicção de que a relação de seu contexto original com as identificações à pessoa de João Calvino desde sua morte, não é mera coincidência. Se lhe fosse oportuno um lance de existência atual, é possível que ele fizesse semelhante indagação, apesar de seu desinteresse por ela em sua existência. Desse modo, tem início o empenho de disponibilizar a verdade histórica da identidade e identificação de João Calvino: advogado, um dos principais líder da Reforma Protestante do século XVI, pastor na cidade de Genebra e escritor cristão, com vasta literatura legada à posteridade, com a íntegra apresentação do Evangelho de Cristo pela fiel exposição bíblica. Porque já se distanciam os limites dos 500 ano...

ESPERANÇA: ÂNCORA DA ALMA


João Calvino *

Certamente que, enquanto peregrinamos neste mundo, não temos terra firme onde pisar, senão que somos lançados de um lado a outro como se estivéssemos em meio a um oceano atingido por devastadora tormenta. O diabo jamais cessa de mover incontáveis tempestades, as quais imediatamente fariam soçobrar e submergir nossa embarcação, se não lançássemos nossa âncora, com firmeza, nas profundezas.

Olhamos, e não há nenhum porto que nossos olhos alcancem, senão que, em qualquer direção que voltamos nossa vista, a única coisa que divisamos é água. Na verdade, só vemos ondas que se amontoam e nos ameaçam. Mas assim como uma âncora é lançada no vazio das águas, a um lugar escuro e oculto, e enquanto permanece ali, invisível, sustenta a embarcação, que se encontra exposta ao sabor das ondas, agora segura em sua posição para que não submerja, assim também nossa esperança está firmada no Deus invisível.

Mas há uma diferença, a saber: uma âncora é lançada ao mar porque existe solo firme no fundo, enquanto que nossa esperança sobe e flutua nas alturas, porquanto ela não encontra nada em que se firmar neste mundo. Ela não pode repousar nas coisas criadas, senão que encontra seu único repouso no Deus vivo. Assim, como o cabo, ao qual a âncora se encontra presa, mantém o navio seguro ao solo de um profundo e escuro abismo, também a verdade de Deus é uma corrente que nos mantém unidos a ele, de modo que nenhuma distância de lugar e nenhuma escuridão podem impedir-nos de aderir a ele.

Quando nos sentimos ligados assim a Deus, mesmo que tenhamos de enfrentar as constantes tempestades, estaremos a salvos do perigo de naufrágio. É possível que uma âncora se quebre, ou que um cabo se rompa, ou que um navio se faça em pedaços pelo impacto das ondas. Isso pode suceder no mar. Mas o poder de Deus, que nos protege, é algo completamente distinto, bem como também é a força da esperança e a inabalabilidade de sua Palavra.

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* Extraído do livro O coração a Deus: síntese da espiritualidade de João Calvino, de J. A. Lucas Guimarães.

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