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Destaques

✢ LANÇAMENTO: LIVRO "CALVINO, CIÊNCIA E FAKE NEWS"

  Não é sem imensa expectativa e alegria que se empreende a publicação da décima primeira obra de caráter temático calviniano da Série Calvino21 , sob autoria do Rev. J. A. Lucas Guimarães, historiador, teólogo e organizador do Calvino21 , intitulado  CALVINO, CIÊNCIA E FAKE NEWS:  a invenção da oposição calviniana à Ciência moderna na historiografia do século XIX.   Principalmente, ao considerar a singularidade do conteúdo, o nível do conhecimento alcançado e o caráter da percepção do passado envolvida, disponibilizados à leitura, reflexão e intelectualidade, caso o arbítrio do bom senso encontrado, esteja em diálogo com a coerência da boa vontade leitora. Com a convicção da pertinência da presente obra ao estabelecimento da verdade histórica sobre a postura de João Calvino (1509-1564) diante dos ensaios preparatórios no século XVI  ao início da Ciência Moderna ocorrido no século XVII,  representado por Nicolau Copérnico (1473-1543) com sua teoria do movimento da Terra ao redor do Sol

✢ NOVE FATOS PARA SABER SOBRE JOÃO CALVINO

Joe Carter *

Aqui estão nove coisas que você deve saber sobre o teólogo e reformador francês.

1 ¬ Desde cedo, Calvino foi um estudante precoce que se destacou no latim e na filosofia. Ele estava preparado para ir estudar teologia em Paris, quando seu pai decidiu que ele deveria se tornar um advogado. Calvino passou meia década na Universidade de Orleans estudando direito, um assunto que não amava.

2 ¬ Calvino escreveu sua magnum opus, As Institutas da Religião Cristã, aos 27 anos (embora tenha atualizado a obra e publicado novas edições ao longo de sua vida). A obra pretendia ser um manual elementar para aqueles que queriam saber algo sobre a fé evangélica: “toda a soma da piedade e o que for necessário saber sobre a doutrina salvadora.”

3 ¬ Calvino, inicialmente, não tinha interesse em ser pastor. Enquanto se dirigia para Estrasburgo, ele fez um desvio em Genebra, onde conheceu o líder da igreja local William Farel. Calvino disse que só ficaria uma noite, mas Farel argumentou que era a vontade de Deus que ele permanecesse na cidade e se tornasse pastor. Quando Calvino protestou que ele era um erudito, não um pregador, Farel jurou que Deus amaldiçoaria todos os estudos de Calvino, a menos que ele permanecesse em Genebra. Calvino disse mais tarde: “Senti como se Deus do céu tivesse imposto sua mão poderosa sobre mim para me impedir em meu curso. E eu estava tão aterrorizado que não continuei minha jornada.”

4 ¬ Calvino era padrasto (casou-se com uma viúva, Idelette, que teve dois filhos), mas não teve filhos sobreviventes. Seu único filho, Jacques, nasceu prematuro e sobreviveu apenas brevemente. Quando sua esposa morreu, ele escreveu a seu amigo, Viret: “Estive enlutado pelo melhor amigo da minha vida, por alguém que, se assim tivesse sido ordenado, teria de bom grado partilhado não só a minha pobreza, mas também a minha morte. Durante sua vida, ela foi a fiel ajudante do meu ministério. Dela nunca senti o menor empecilho.”

5 ¬ Durante seu ministério em Genebra, Calvino pregou mais de dois mil sermões. Ele pregava duas vezes no domingo e quase todos os dias da semana. Seus sermões duravam mais de uma hora e ele não usava notas.

6 ¬ Por volta de 1553, Calvino iniciou contato por correspondência com Miguel Serveto, um teólogo e médico espanhol, que escreveu várias obras com pontos de vista antitrinitários. Então, Calvino lhe enviou uma cópia de sua Institutas como resposta. Serveto prontamente a devolveu, minuciosamente anotada com observações críticas. Calvino escreveu a Serveto: Não o odeio, nem o desprezo e nem quero persegui-lo. Mas eu ficaria duro como o ferro quando o visse insultar a sã doutrina com tão grande audácia. Com o tempo, a correspondência deles ficou mais acalorada, até que Calvino a encerrou.

7 ¬ Nos anos de 1500, negar a Trindade era uma blasfêmia considerada digna de morte em toda a Europa. Por ter escrito livros negando a Trindade e denunciando o pedobatismo, Serveto foi condenado à morte pela Inquisição Católica francesa. Ele escapou da prisão em Viena e fugiu para a Itália. No entanto, parou no caminho em Genebra. Depois de assistir a um sermão de Calvino, Serveto foi preso pelas autoridades da cidade. Os inquisidores franceses pediram que ele fosse extraditado a eles para execução, mas os oficiais em Genebra se recusaram e o levaram diante de seu próprio julgamento por heresia. Embora Calvino acreditasse que Serveto merecia a morte por causa do que chamou de suas “blasfêmias execráveis”, ele queria que o espanhol fosse executado por decapitação como traidor e não por fogo como herege. O conselho de Genebra recusou seu pedido e queimou Serveto na fogueira, com o que se acreditava ser o último exemplar de seu livro acorrentado à sua perna.

8 ¬ Em Genebra, a principal preocupação de Calvino era a criação de um collège, um instituto para a educação das crianças. Embora a escola fosse uma única instituição, ela foi dividida em duas partes: uma escola de gramática chamada collège e uma escola avançada chamada académie. Em cinco anos, havia 1.200 alunos no ensino fundamental e 300 no ensino médio. O collège, eventualmente, tornou-se o Collège Calvin, uma das escolas preparatórias do Colégio de Genebra, enquanto a academia se tornou a Universidade de Genebra.

9 ¬ Calvino trabalhou quase até a morte. Como observa a História Cristã, quando ele não podia caminhar as centenas de metros até a igreja, era carregado em uma cadeira para pregar. Quando o médico o proibiu de sair para a sala de aula no ar do inverno, ele amontoou o público em seu quarto e deu palestras lá. Para aqueles que o exortavam a descansar, ele perguntou: “O quê? Você quer que o Senhor me encontre ocioso quando ele vier?”

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Joe Carter é escritor sênior da The Gospel Coalition e pastor associado na McLean Bible Church em Arlington, Virgínia. Título original do artigo em inglês na TGC: 9 Things You Should Know about John Calvin. Disponível em: https://www.thegospelcoalition.org/article/9-things-you-should-know-about-john-calvin/. Acesso em: 30 de abr. 2023.

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