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LANÇAMENTO: LIVRO "JOÃO CALVINO: QUEM DIZEM QUE SOU?"

J. A. Lucas Guimarães ┐ ♥ ┌ Sob empréstimo da pergunta de Jesus aos discípulos foi publicada a décima obra da Coleção Calvino21,  intitulada: JOÃO CALVINO: “QUEM DIZEM QUE SOU?”   Esboços de retratos calvinianos O rganizada pelo historiador e teólogo J. A. Lucas Guimarães, encontra-se a convicção de que a relação de seu contexto original com as identificações à pessoa de João Calvino desde sua morte, não é mera coincidência. Se lhe fosse oportuno um lance de existência atual, é possível que ele fizesse semelhante indagação, apesar de seu desinteresse por ela em sua existência. Desse modo, tem início o empenho de disponibilizar a verdade histórica da identidade e identificação de João Calvino: advogado, um dos principais líder da Reforma Protestante do século XVI, pastor na cidade de Genebra e escritor cristão, com vasta literatura legada à posteridade, com a íntegra apresentação do Evangelho de Cristo pela fiel exposição bíblica. Porque já se distanciam os limites dos 500 ano...

✢ A MAJESTADE DIVINA REVELA A CONDIÇÃO HUMANA ┌ I.I.3

João Calvino
Não é por acaso, desta forma, que várias vezes a Escritura relata sobre o pavor e assombro que os santos se viram invadidos e os afligir. Isso todas as vezes que percebiam próximos à presença divina. Pode-se observar que alguns se apresentavam como inabaláveis e pleno de si sem a presença de Deus. Contudo, ao manifestar a sua glória, ficavam tão comovidos e perturbados que caíam paralisados pelo medo da morte ou, mesmo, de serem consumidos e por pouco serem destruídos. Disso, devemos chegar à conclusão de que o ser humano em momento algum alcança a medida capaz de comovê-lo e de influenciá-lo pela noção de sua fragilidade, caso não tenha realizado uma comparação de si mesmo com a majestade de Deus.

Por vez, desse mal-estar ver-se numerosos exemplos, quer no livro dos Juízes, quanto nos Profetas. Esse fato tornou a seguinte expressão comum ao povo de Deus: “Morreremos, pois vimos o Senhor” [Jz. 13.22, Is. 6.5, Ez. 2.1 etc.]. Semelhantemente, também a história de Jó, com objetivo de vencer a arrogância das pessoas pela consciência de sua perturbação, fragilidade e maldade, utiliza sempre como principal argumento o que é relatado sobre a sabedoria, força e pureza divinas [Jó 38.1; 40.5]. Ocorre que isso não é por acaso. Porque observamos como Abraão teve por mais aceitável que é terra e pó após se aproximar da contemplação da glória do Senhor [Gn. 18.27]. Assim, também Elias ao descobrir a fase não teve coragem de manter sua vista à manifestação divina. Porque era tão grandiosamente espantosa a visão, que o fez tremer de terror [1Rs. 19.13]. O que faria o ser humano, que é podridão [Jó 13.28] e verme [Jó 4.7; Sl. 22.6], se até mesmo os querubins precisam cobrir o rosto por sentirem o mesmo pavor [Is. 6.2]?

É disso que o Profeta Isaías, por vez, proclama: “A vergonha caíra sobre a lua e o sol ficará desnorteado na chegada do Senhor dos Exércitos para reinar” [Is. 24.23]. Isso acontecerá ao resplandecer o seu brilho em sua totalidade. Nessa condição, por mais claridade que algo possa ter, será como se fosse trevas diante de sua presença [Is. 2.10, 19].

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Texto de CALVINO, João. e-Institutas21: livro I, capítulo I.3. Edição digital Calvino21, 2021. Tradução da Institutas da Religião Cristã (1559) por J. A. Lucas Guimarães.

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