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LEITOR: LIVRO “DESENTERRANDO OS TESOUROS DE DEUS”

┐ ♥ ┌ Os leitores encontraram um impactante tesouro literário para os conduzir a desenterrar os tesouros divinos na leitura do livro escrito por J. A. Lucas Guimarães, organizador do Blog Calvino21 , onde expõe e aprofunda os ensinos de João Calvino sobre o exercício espiritual da oração, sob o título: ┌   DESENTERRANDO OS TESOUROS DE DEUS   ┐ Os princípios da verdadeira oração ensinados por João Calvino ┐ ♥ ┌ Excelente leitura! É um livro encorajador para quem busca viver o Reino de Deus, que já está no nosso meio.  Se você quer aprender mais das riquezas de Deus sendo confrontado, aconselho-te esse livro. Agora se você quer que seu ego seja massageado aconselho-te a não adquirir esse livro. Welington Marques da Silva Cliente da Amazon  à aquisição e leitura  do livro. ┐ ♥ ┌ Princípios para uma profunda e verdadeira oração à luz das Escrituras Sagradas! Neste pequeno livro, o autor capturou com maestria e vivacidade os ensinamentos e a visão do grande reforma...

POR QUE UM MEDIADOR DEUS E HOMEM? ▪ João Calvino

Porque era tanto e tão requerido que aquele que haveria de ser nosso Mediador fosse verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Se indagado acerca de onde procede essa necessidade, ela não foi simples (como é comum falar) ou absoluta, mas a causa tem fundamento sob o eterno decreto de Deus, do qual dependia a salvação do ser humano. Ora, esse Pai de toda bondade ordenou tudo o que sabia ser o melhor para nós. Tendo nossas iniquidades obstruído o acesso a Deus, como uma nuvem interposta entre ele e nós, e nos desnorteado totalmente do reino dos céus, ninguém estaria em condição de nos intermediar à restituição da paz com Deus, a menos que houvesse alguém chegado a ele. E quem seria aquele que estaria próximo dele? Algum dos filhos de Adão? Mas todos, juntamente com seu pai, ficaram aterrorizados diante da majestade divina [Gn 3.8]. Entre os anjos, algum em condição? Mas todos eles também necessitavam de um Capitão, por meio do qual se vinculassem firme e eternamente a Deus.

E então? Certamente, a situação era irremediável e tudo era desesperador, exceto se a própria majestade de Deus descesse até nós, já que não estava em nosso poder alcança-la. Assim, foi necessário que o Filho de Deus se tornasse Emanuel para nós, isto é, “Deus-conosco” [Is 7.14; Mt 1.23]. E, de fato, sob tal condição, a sua divindade e a natureza humana se unissem, caso contrário, não seria bastante próxima a contiguidade, nem suficientemente forte a afinidade, para nos fazer esperar que Deus habitasse conosco. Porque entre a nossa sujidade e sua suprema pureza divina incorria em incompatibilidade demasiadamente imensa. Se embora o homem tivesse permanecido livre de toda corrupção, sua condição ainda seria indigna demais para se chegar a Deus sem mediador, quanto menos para alcançar tal nível, depois de mergulhar-se, pela sua ruína fatal, na morte e nos infernos, contaminar-se por tantas manchas, desorientar-se por sua corrupção e, enfim, se submergir em toda a desgraça?

Portanto, não é sem motivo que Paulo, querendo apresentar Cristo como Mediador, notadamente chama-o de homem. Ele diz: “Um é o Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” [1Tm 2.5]. Ele poderia muito bem tê-lo nomeado de Deus ou, então, omitido a nomeação de homem como fez com a de Deus. Todavia, porque o Espírito, que falava pela sua boca, conhecia a nossa enfermidade, para combatê-la a tempo, usou o remédio mais adequado, ao colocar o Filho de Deus como um de nós, a fim de nos relacionar naturalmente com ele. Para que ninguém se atormente sobre onde procurar esse Mediador ou por quais meios o poderia alcançar, ao chamá-lo de homem ele nos indica que ele está próximo de nós, ou melhor, nosso próximo, já que é de nossa própria carne. Certamente, refere-se aqui o mesmo que é explicado com mais palavras em outro lugar, a saber: que não termos um Sumo Sacerdote que não possa ser empático com as nossas fraquezas, haja visto que foi tentado à nossa semelhança, exceto que não tinha nenhuma mancha do pecado [Hb 4.15].

Autoria   João Calvino
Texto extraído das Institutas da Religião Cristã [Livro II, 12.1].
Tradução: Calvino21.

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