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Destaques

LANÇAMENTO: LIVRO "JOÃO CALVINO: QUEM DIZEM QUE SOU?"

Sob empréstimo da pergunta de Jesus aos discípulos, foi publicada a décima obra da Coleção Calvino21 , organizada pelo historiador e teólogo J. A. Lucas Guimarães, sob o título: JOÃO CALVINO: “QUEM DIZEM QUE SOU?”   ▪  Esboços de retratos calvinianos  ▪ Nela temos a convicção de que a relação de seu contexto original com as identificações à pessoa de João Calvino desde sua morte, não é mera coincidência. Se lhe fosse oportuno um lance de existência atual, é possível que ele fizesse semelhante indagação, apesar de seu desinteresse por ela em sua existência. Desse modo, tem início o empenho de disponibilizar a verdade histórica da identidade e identificação de João Calvino: advogado, um dos principais líder da Reforma Protestante do século XVI, pastor na cidade de Genebra e escritor cristão, com vasta literatura legada à posteridade, com a íntegra apresentação do Evangelho de Cristo pela fiel exposição bíblica. Porque já se distanciam os limites dos 500 anos de seu na...

SANTIDADE CRISTÃ: O PLANO DAS ESCRITURAS

 

▪ Santidade: princípio-chave da vida cristã

É duplo o plano das Escrituras à vida da pessoa cristã. Primeiro, que sejamos instruídos na lei para amar a retidão, porque, por natureza, não estamos inclinados a fazê-lo; e, segundo, que aprendamos umas regras simples, porém importantes, de modo a não desfalecermos nem nos debilitarmos em nosso caminho. Entre as muitas recomendações excelentes que a Escritura faz, não há nenhuma melhor do que a desse princípio: “Sede santos, porque eu sou santo.” Quando andávamos desgarrados, como ovelhas sem pastor, e perdidos no labirinto do mundo, Cristo nos chamou e nos reuniu para que pudéssemos nos voltar para Ele.

Ao ouvir qualquer menção de nossa união mística com Cristo, deveríamos relembrar que o único meio para a desfrutar é a santidade: que não é um mérito pelo qual podemos obter a comunhão com Deus e nos capacita a estarmos unidos a Ele e a segui-lo sem o dom de Cristo. Ela é a própria glória de Deus que não pode ter nada a ver com a iniquidade e a impureza. Portanto, se queremos prestar atenção à sua exortação, é imprescindível que tenhamos sempre presente este princípio. Se no percurso de nossa vida cristã pretendemos seguir vinculados aos padrões mundanos, para que, então, fomos resgatados da iniquidade e da contaminação deste mundo?

Se desejamos pertencer a seu povo, a santidade do Senhor nos admoesta a que vivamos na Jerusalém santa de Deus. Jerusalém é uma terra santa, portanto, não pode ser profanada por habitantes de conduta impura. O salmista disse: Jeová, quem habitará em teu tabernáculo? Quem morará em teu monte santo? O que anda em integridade, pratica a justiça e fala a verdade em seu coração.” O santuário do altíssimo deve manter-se imaculado [Lv. 19.2; 1Pe. 1.16; Is. 35.10; Sl. 15.1-2, 24.3-4].

II ▪ Santidade: sinônimo de obediência total a Cristo

A Escritura não somente nos ensina o princípio da santidade, como também nos diz que Cristo é o caminho a este princípio. Pelo fato do Pai através de Cristo ter-nos reconciliado consigo mesmo, ordena-nos que sejamos conforme à sua imagem. Àqueles que pensam que os filósofos têm um sistema melhor de conduta, pedir-lhes-ia que nos mostrem um plano mais excelente que obedecer e seguir a Cristo. A virtude mais sublime, de acordo com os filósofos, é viver a vida de acordo com a natureza. Todavia, a Escritura nos demonstra Cristo como nosso modelo e exemplo perfeito. Deveríamos exibir o caráter de Cristo em nossas vidas, pois o que pode ser mais efetivo ao nosso testemunho e de mais valor a nós mesmos?

O Senhor nos tem adotado para que sejamos seus filhos sob a condição de que revelemos uma imitação de Cristo, que é o Mediador de nossa adoção. A menos que nos consagremos de maneira devota e ardente à justiça de Cristo, não só nos afastaremos de nosso Criador, como também estaremos renunciando voluntariamente ao nosso Salvador.

A Escritura à sua exortação acompanha com as promessas sobre as incalculáveis bênçãos de Deus e o fato eterno e consumado da nossa salvação. Portanto, haja vista que Deus tem revelado a si mesmo como Pai, se não nos comportarmos como seus filhos, seremos culpados da ingratidão mais desprezível. Posto que Cristo nos tem unido ao seu corpo como membros, deveríamos desejar fervorosamente não o desagradar em nada. Cristo, nosso cabeça, tem ascendido aos céus; por tanto deveríamos deixar para trás os desejos da carne e elevar nossos corações a ele. Posto que o Espírito Santo nos tem consagrado como templos de Deus, proponhamos a nós mesmos, em nossos corações, não profanar Seu santuário, antes manifestar Sua glória. Tanto nossa alma como nosso corpo estão destinados a herdar uma coroa incorruptível. Devemos, então, manter ambos puros e sem mancha até o dia do nosso Senhor.

Estes são os melhores fundamentos para um código correto de conduta. Os filósofos nunca se elevam por sobre a dignidade natural do homem. Por sua vez, a Escritura aponta-nos nosso salvador sem mancha, Cristo Jesus [Rm. 6.4; 8.29].

Autoria   João Calvino
Texto traduzido da obra de João Calvino, sob título El libro de oro de la verdadera vida cristiana (Editorial Clie, 2004). 
Tradução: Calvino21.

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